Como já dito anteriormente, o presenteísmo trata-se de um padrão de comportamento muito prejudicial, mas comum nas empresas e que afeta todos os envolvidos (gestores e colaboradores).
Em geral, é quando o colaborador aparece em seu posto de trabalho, fisicamente, mas seus pensamentos estão distantes e ele se torna incapaz de realizar suas tarefas diárias completamente.
Este tipo de comportamento tem relação com o estresse e condições de trabalho exaustivas, que fazem com que as pessoas se desconectem do ambiente externo para darem conta de sua jornada de trabalho.
Este profissional que sofre com o problema consegue se deslocar para o trabalho diariamente, mas já não consegue se conectar às suas atividades.
Isso acaba frustrando ambas as partes, pois a empresa espera este comprometimento por parte de seu colaborador, mas o desânimo e estresse o torna incapaz de satisfazer tal expectativa.
Toda essa dinâmica acaba por gerar conflitos para o colaborador com a empresa e em seu relacionamento interpessoal com os colegas de trabalho, podendo causar até demissão.
Precisamos esclarecer que o presenteísmo não é intencional na maioria dos casos. Não é indicação de má-fé ou mau-caráter e funciona como qualquer outro tipo de transtorno mental.
É importante dizer ainda que nem todo tipo de presenteísmo se inicia pelos mesmos motivos ou se manifesta da mesma forma. Sendo assim, temos diferentes tipos de presenteísmo.
O mais comum é que ele se dê por meio da falta de motivação ou de carga excessiva de trabalho. Isso faz com que o funcionário perca a conexão e o prazer de realizar tais atividades e não se anime com projetos.
Outras condições que causam o presenteísmo são cansaço físico e mental extremo e doenças como depressão e a Síndrome de Burnout.
A doença ou condição física que afeta a pessoa acaba a fazendo desempenhar suas tarefas de forma insatisfatória.
Geralmente o processo de presenteísmo acontece não de uma vez, mas gradativamente. O colaborador fica distante, não se comunica mais como antes e se mostra desinteressado em algumas situações.
Talvez em casos de presenteísmo motivados por uma desmotivação ou desgaste físico e mental, uma conversa e uma distração podem ajudar. Porém, quando falamos em doenças mentais a procura por ajuda médica não pode ser deixada de lado.
Você já deve ter percebido que o presenteísmo tem muito a ver com a cultura organizacional da empresa – e isso nos dá pistas sobre o que pode estar errado. Confira abaixo sinais do presenteísmo nas empresas e fique atento.
Então, se você percebe que seus colaboradores estão no que chamamos de “piloto automático”, não feche os olhos para o problema, pois você também poderá ser prejudicado.
Converse e tente entender os motivos que levaram ao presenteísmo, visto que podem ser muitos (abaixo você confere alguns) e veja como pode ajudar.
O presenteísmo possui inúmeros motivos e pode estar relacionado a algum problema emocional, que de alguma forma impacta na sua produtividade. Veja abaixo alguns dos principais motivos do presenteísmo:
Síndrome de Burnout, depressão e ansiedade, entre outras doenças que o funcionário pode estar sofrendo em silêncio e que atinge diretamente sua produtividade e qualidade de vida.
A alta carga de trabalho pode deixar os colaboradores esgotados física e mentalmente.
Isso além de ocasionar em um grande estresse, também afeta a produção e diminui as entregas das atividades, ou ainda, elas podem ser entregues com erros básicos.
Problemas pessoais podem afetar de maneira direta a vida profissional. Problemas com relacionamentos, familiares ou com amigos podem ser uma das causas da procrastinação do colaborador.
Aqui o colaborador pode tanto não ter a remuneração condizente com suas responsabilidades, quanto pode estar insatisfeito com seu cargo e isso gera uma falta de motivação e desperta o presenteísmo.
A pessoa pode tanto estar se sentindo sozinha quanto em conflito com seus colegas. É importante conversar e garantir um ambiente saudável para todos, visto que isso acarreta no presenteísmo e em outros problemas.
Segundo um estudo da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) cerca de 23% da população adulta é presenteista. E esse percentual chega a 35% quando falamos do setor industrial.
A prática do presenteísmo vem acompanhada de consequências que afetam tanto o funcionário quanto a empresa.
Para o trabalhador, a prática vem acompanhada muitas vezes de sintomas físicos e emocionais como cansaço extremo.
De acordo com uma pesquisa da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) com 1.000 trabalhadores, com idades de 25 a 60 anos, 89% relataram que o comportamento presenteísta acompanha dores de cabeça e dores musculares constantes, com as quais vinham convivendo diariamente.
Também foram relatados no estudo problemas como ansiedade e angústia.
Tudo isso acarreta em problemas não só na produtividade do colaborador, mas também das suas relações no trabalho e pode até gerar demissão – o que para muitos é o terror, principalmente em situações de crise como a que vivemos atualmente.
O presenteísmo gera impactos não somente na qualidade de vida do colaborador, mas também para a empresa.
Afinal, se o colaborador não consegue trabalhar bem, toda a equipe pode ser afetada e, consequentemente, todo o processo de produção.
A queda de lucratividade é notada principalmente se forem muitos os colaboradores presenteístas no local.
Segundo levantamento da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR), o presenteísmo causa perdas de até US$ 42 bilhões – e isso apenas para as empresas brasileiras.
Além de tudo isso, as empresas tendem a sofrer com investimentos mal distribuídos, visto que os gastos em folha de pagamento não são refletidos em ganhos de produtividade.
A rotatividade da equipe também é uma consequência do problema, considerando que o presenteísmo causa demissões, um acúmulo de atividades ainda maior e, como resultado, um ambiente cheio de conflitos, do qual ninguém quer fazer parte.
Em pesquisas sobre o presenteísmo, é provável que você tenha encontrado outros termos relacionados ao ambiente corporativo e comportamento dos colaboradores. O absenteísmo e turnover são um deles.
Por isso, destacamos as diferenças entre estes termos. Veja abaixo!
O presenteísmo é o nome dado ao problema de colaboradores irem trabalhar sem realmente estarem em condições para isso.
Sendo assim, eles até estão presentes fisicamente no local, mas mentalmente não, e isso, acaba os deixando incapazes de executar suas tarefas.
O presenteísmo é uma condição cada vez mais comum no mercado de trabalho que pode ser causada tanto por doenças quanto por falta de motivação, por exemplo. É algo difícil de identificar e que atrapalha a produtividade de toda a organização.
Trata-se de todas as situações em que o colaborador falta ao trabalho de forma não justificada, exceto em casos de gravidez e férias agendadas. Estamos falando de pessoas que se ausentam do trabalho por estarem desmotivadas, doentes, estressadas ou com conflitos com colegas.
A taxa de absenteísmo pode ser um indicador de extrema importância para a empresa, considerando que ele pode apontar problemas estruturais que não estão sendo identificados por outras métricas.
O turnover é a taxa de rotatividade de funcionários na empresa, ou seja, é a medição de um número de colaboradores que saem de uma organização durante um período de tempo especificado, normalmente um ano.
É fato que toda empresa tem uma taxa de rotatividade, o que é saudável até certo ponto.
Isso porque, se a companhia tem altas taxas de rotatividade, é preciso ficar em alerta pois pode indicar problemas como:
Como dissemos, fechar os olhos para o presenteísmo pode piorar o problema, fora que estamos tratando de algo que pode ser prevenido.
Você só precisa ficar sempre atento às necessidades de seus funcionários e criar um ambiente que estimule positivamente a equipe. Veja algumas dicas!
O primeiro passo para prevenir a prática do presenteísmo dentre os colaboradores de uma empresa é investindo na comunicação.
Uma pesquisa de opinião, por exemplo, pode ajudar a entender como os funcionários estão pensando e o que acham do ambiente organizacional e dos benefícios oferecidos.
Investir em Marketing Interno com diferentes ações de comunicação interna também é uma boa alternativa.
Dar avaliações objetivas e construtivas, nada de colocar na mesa questões pessoais.
O feedback é uma boa alternativa para entender seus funcionários. Você pode tanto demonstrar problemas que precisam de solução, quanto mostrar oportunidades a serem exploradas.
Ao focar no futuro, você faz com que a equipe se desmotive com o presente.
Outra causa do presenteísmo é a falta de objetividade no trabalho.
A formulação de um plano de carreira pode ser um grande trunfo neste sentido, já que muitos se sentem desmotivados por não terem uma definição clara sobre seus cargos e objetivos.
Determine as funções de cada um, para que eles entendam a sua importância dentro da corporação e possam até almejar novas posições, encontrando assim, uma motivação para se dedicarem ao trabalho.
Já no que compete ao departamento de recursos humanos, uma ação valiosa é pensar sobre a qualidade de vida que a empresa está proporcionando para aquele colaborador.
Entre as opções que podem adotar estão: horários mais flexíveis, um escritório com opções de lazer para as pausas, investimento na saúde física e emocional da equipe, entre outros.
Além disso, esqueça a visão de que a empresa só é responsável pelo colaborador da porta para dentro. Afinal, cuidando desses detalhes, melhora e muito a qualidade de vida do funcionário.
Ninguém quer ficar em um ambiente hostil, não é mesmo? Então criar um local de trabalho saudável ajuda muito quem sofre de presenteísmo e outros problemas. Aqui o que procura-se é resgatar a motivação da equipe, deixando o estresse de lado.
Então vale investir em encontros regulares dentro e fora do trabalho e eventos, para que todos possam interagir e se conhecer ainda melhor.
E se quiser mantê-los motivados com o trabalho, invista em treinamentos e capacitação e não deixe de mostrar os resultados do esforço da equipe para garantir um clima agradável.
No presenteísmo, como dissemos, o profissional está presente, mas ao não executar suas tarefas, pode gerar atritos entre os membros da equipe e prejudicar a todos, incluindo a empresa no geral e seus clientes.
Porém, mesmo assim, o colaborador presenteísta se mantém em silêncio e continua a ir ao trabalho, com medo da demissão.
Comparecer ao trabalho doente com medo de perder o emprego é um comportamento frequentemente adotado pelos trabalhadores, principalmente com a crise e a taxa de desemprego em alta no país.
No entanto, o problema pode sim ser uma causa de turnover, ou seja, de rotatividade, especialmente quando está relacionado a algo que precisa ser melhorado dentro da estrutura organizacional.
Por fim, a falta de comprometimento com a produtividade pode causar grandes danos à imagem da empresa. Por isso, é importante prevenir e/ou identificar o problema para buscar soluções eficientes para todos.
No absenteísmo, temos a falta efetiva do funcionário e no presenteísmo até temos a presença física dele, mas mentalmente ele está ausente. Ou seja, em ambos os casos temos impactos significativos para o colaborador e a empresa.
Estes problemas podem gerar falta de produtividade e lucro para a empresa, alta rotatividade e conflitos na equipe, além de afetar a imagem da organização perante o mercado e até atingir os próprios clientes, dependendo do segmento.
É importante que a empresa evite o presenteísmo e absenteísmo investindo em comunicação e um bom clima organizacional, por exemplo.
Ainda que os índices de absenteísmo e turnover sejam baixos, é preciso agir na prevenção do problema. Por isso, siga estas dicas que separamos para você:
E uma dica extra: invista em Saúde Digital, pois assim você tem menos custos e mais qualidade de vida para seus colaboradores.
Aqui na DescompliRH temos parceria com a Leegal que através da plataforma Conexa+ Saúde os colaboradores da sua empresa podem ter acesso a atendimento on-line que possibilita consulta com clínico geral, nutricionista e psicólogo além de assessoria jurídica e contábil, por atendimento via WhatsApp, telefone ou e-mail.
A Leegal foi criada por profissionais com mais de 25 anos de experiência em tecnologia e finanças, focados em inovação, sempre buscando desenvolver soluções para ajudar no dia a dia das pessoas.
Nesta trajetória, vivenciamos o desafio da maioria dos brasileiros, preocupados em ter acesso à saúde, manter o equilíbrio emocional frente a diversas situações no convívio familiar e profissional, bem como conseguir auxílio com suas finanças pessoais e até nos negócios.
O presenteísmo é um grande mal dos ambientes de trabalho no mundo contemporâneo.
É silencioso, por isso difícil de identificar, mas quando identificado é preciso entender os motivos que levaram a isso – que vão desde doenças até a falta de motivação – para poder ajudar quem está sofrendo com o problema e a equipe no geral.
O presenteísmo possui diferenças em comparação com o absenteísmo e o turnover, mas ambos estão ligados e afetam a saúde dos colaboradores e a produtividade das empresas, gerando um prejuízo anual de vários bilhões só no Brasil.
Ainda que seja difícil de detectar, existem indícios que nos deixam em alerta como uma mudança de comportamento e distanciamento do colaborador e uma queda na produção e aumento de erros em suas atividades diárias.
É preciso estar atento aos sinais e manter-se vigilante para que no fim do dia a empresa continue prosperando e o time permaneça satisfeito. Também busque prevenir o problema investindo em comunicação e em um ambiente saudável, por exemplo.